TCE do Sergipe tem TCE NA TV – Uma prática nova em setor pouco transparente
Os Tribunais de Contas hoje batem duro e cobram muito das Câmaras Municipais. Tudo é motivo para advertência, apontamento, verificação, auditorias e motivo de enquadrar as gestões dos legislativos das cidades.
É um bom sinal de que as instituições precisam de fato ser mais eficientes, mais acessíveis nas informações e deixar de ficar a mercê de interesses momentâneos e de favorecimento ao comando político das circunstâncias. Precisam servir mais à sociedade do que a seus eventuais dirigentes.
Porém há em curso – especialmente por pressão de seus servidores e de entidades de monitoramento da sociedade civil – movimento para que os Tribunais de Contas também sejam mais rigorosos na sua condução administrativa e técnica. Precisam praticar mais aquilo que apregoam. Precisam justamente ser mais técnicos e menos políticos. Precisam deixar de proteger comportamentos de auto-defesa tentando esconder as motivações políticas que muitas vezes movem seus conselheiros indicados por Governadores deste ou daquele Partido.
A partidarização das ações dos Tribunais de Contas em geral reveste muitos votos em julgamentos de suas sessões. E esses votos sobre auditorias são dados de forma reservada e sem exposição de motivos aberta.
Assim, a iniciativa de alguns Tribunais de Contas como do Rio Grande do Sul, e agora Sergipe, de investir em comunicação para a população pode ser considerada bem vinda.
Começar a divulgar os atos realizados internamente, opiniões e personalidades, pode em um primeiro momento até misturar com motivações propagandísticas chapa-branca, entretanto, é um começo para instituições que simplesmente optaram pelo silêncio como se não tivessem que prestar contas sobre suas rotinas.
O Tribunal de Contas de Sergipe agora tem o espaço TCE na TV, que de alguma forma, tenta repetir o efeito positivo das Tvs Câmaras, mostrando ao menos o cotidiano de trabalho deste órgão público.
É uma maneira bastante inicial de mostrar o que se passa lá dentro, quem são as pessoas, o que fazem e pensam. Sinaliza ao menos um mudança de percepção de suas lideranças.