Masdar, a cidade que antecipa o futuro, inclusive na sustentabilidade

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Não é fácil imaginar, hoje, de que forma Masdar deverá ser lembrada, lá no Século XXII, nos registros históricos relacionados à evolução social e arquitetônica dos centros urbanos do planeta. Mas, hoje, primeira metade do Século XXI, é ela a cidade que está buscando pistas, tentando antecipar o futuro.

Em meio ao deserto dos Emirados Árabes, próxima a Abu Dhabi, Masdar vem sendo construída desde 2006. A previsão é de que estará pronta em 2025 e comportará 40 mil pessoas. Lá o nível de emissão de gás carbono será zero. Os carros e o trem serão movidos eletricamente. O sol e o vento serão os geradores de energia. A água será reciclada. E o verde estará interligado à alta tecnologia dos edifícios.

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É claro que esse experimento só está sendo desenvolvido graças ao embalo de bilhões de dólares que os árabes estão investindo. Para ser um pouco mais preciso, US$ 22 bi, de acordo com o estimado pelo ambicioso projeto encomendado à empresa inglesa de arquitetura Foster + Partners.

A cidade sustentável do futuro é uma experiência fantástica, se utilizando da mais alta tecnologia ambiental. Há, inclusive, uma “Polícia Verde”, para ajudar a gerenciar o gasto dos moradores com a energia que tem duas fontes básicas: os raios do sol e a força dos ventos. Para complementar, o gás natural ajudará a garantir o isolamento térmico.

A revolução de Masdar City tem aspectos que até a pouco eram simplesmente inimagináveis pelos habitantes da Terra. Tais como a dessalinização da água, a climatização das ruas – nas quais circularão os carros elétricos sem motoristas – , e o já citado fim da emissão de CO2.

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Mas não é que, apesar de tudo isso, entre os poucos habitantes que no momento servem de cobaias na cidade que está nascendo já existem alguns que estão a reclamar? Segundo informações que foram divulgadas pelos administradores de Masdar, há queixas quanto à temperatura do ar condicionado e quanto ao rigor da “Polícia Verde” na patrulha ao desperdício de energia.

Em determinados casos, quando detectadas anormalidades, operadores do sistema têm o poder de interromper o fornecimento energético. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando há exagero no uso do chuveiro, quando a geladeira é deixada aberta ou o fogão e as luzes são esquecidas acesas.

Essas reclamações deixam no ar a impressão de que nenhuma cidade, nem mesmo a revolucionária e futurista Masdar, será capaz de contentar todo mundo ao mesmo tempo.

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