Falta muito ainda para o Legislativo cumprir acessibilidade nos sites

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Evento realizado no último dia 14 de agosto em Campinas, no Centro de Inclusão Social Guanabara, administrado pela Unicamp, tratou de Tecnologias Assistivas e revelou o quanto falta para o Poder Público atender de fato critérios de acessibilidade nos seus sites.

Em relação à quantidade de sites não adaptados, os grandes “campeões” negativos são as Prefeituras e Câmaras  Municipais. Mesmo existindo legislação desde 2004 sobre o assunto, estabelecendo prazos – apesar de renováveis – a evolução em termos de volume de órgãos atualizados quanto a estas soluções é muita pequena.

O evento teve exposição informativa de duas personalidades de evidência nacional no tema:  Vitor Mammana, físico, cientista e Diretor do CTi, Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, Unidade do Ministério da Ciência e Tecnologia, e Marta Clarete, Diretora de Políticas de de Educação Especial do Ministério da Educação.

Com a presença de desenvolvedores de soluções, sindicalistas, profissionais de saúde e interessados, a ocasião permitiu amplo conhecimento do quanto é necessário avançar na real implantação de tecnologias especiais para o atendimento de deficientes pelo Poder Público.

Se os prédios públicos ainda deixam muito a desejar em acessibilidade, especialmente no interior, os sites são ainda mais críticos. Até inclusive desinformação sobre a existência de leis regendo esta obrigatoriedade. A informação virtual hoje para minorias deficientes sinaliza a qualidade como a sociedade trata o cidadão como principal bem público. É o site o primeiro contato para qualquer interesse por parte das pessoas.

O potencial das Tecnologias Assistiva é muito grande. O próprio Governo Federal abriu já faz certo tempo diversas linhas de financiamento especialmente buscando a inovação, estimulando que os profissionais criem, desenvolvam e proporcionem maneiras inventivas de acessibilidade.

No debate posterior às palestras foi falado a respeito do Legislativo, e como casa típica da democracia e da convivência entre as diferenças, deveria dar um exemplo nas questões de acessibilidade.

O evento foi uma realização do SINTPq, Sindicato dos Profissionais de Pesquisa, Ciência e Tecnologia, de Campinas, Região e São Paulo, do qual inclusive o IPT da USP faz parte.

 

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