TV Legislativa: Assinatura, UHF, Digital e Web. Qual o caminho ?

MARCA LEGISLATIVO

Diante das poucas possibilidades até tempos atrás, um horizonte cheio de opções abriu para as Tvs Legislativas, especialmente de Câmaras Municipais.

As Tvs Assembleias estão relativamente bem resolvidas. Dado ao peso dos Governos de Estado rapidamente tiveram sinal aberto e acesso a canais em todas operadoras de tv a cabo. Ainda mais facilitadas pelos meios disponíveis nos grandes centros urbanos em infra-estrutura de telecomunicações.

Porém para as Tvs Câmaras da maior parte do país a história é outra. O quadro é de baixa existência de tv por assinatura a cabo, maior parte por satélite ( onde a dificuldade de inserir sinal local é bem maior), falta de canais abertos VHS ou UHF para serem liberados, alta necessidade de investimentos e pouca influência política nos Ministérios.

Faz pouco tempo regulou-se o uso do sinal digital. Ficou desburocratizado. Basta pedir formalmente uma licença para a Câmara dos Deputados, responsável por centralizar estes encaminhamentos, e o caminho pode ser curto para colocar a emissora no ar.

Porém há outras adversidades, nem sempre consideradas adequadamente nesta opção que tende a predominar do digital: valores ainda razoáveis para montar transmissão e replicação do sinal no município. Deve-se também levar em conta que, o sinal digital, é baixo e reto, ou seja, quanto mais morros, maiores as regiões não atendidas. Elenca-se ainda outro contexto: os aparelhos de tvs que as pessoas têm em casa, especialmente no interior, tem uma migração lenta para o digital. E se entrarem na tv por assinatura, deverão ter conversor digital em paralelo, caso contrário não pegarão o sinal.

São conflitos entre formas de emitir o sinal e diversas plataformas. Conseguir transmitir não significa poder ser assistida.

Diante desse panorama a opção possível inicial para a maior parte das Tvs Câmaras que era fazer com recursos de Tv Web mostra-se ser a única feita com autonomia, sem dependência de concessões e de baixo investimento.

Lembre-se que boa parte dos novos aparelhos de tvs vendidos no mercado,e que devem ser os padrões em breve, são aqueles com conexão à internet. Mais: o lançamento de modalidades de acessórios como Apple Tv, Chromecast e outros, viabilizma que tudo que esteja na web possa ser visto também na tv.

Por fim, não devemos esquecer que segundo o IBGE, já 40% da população está bem mais tempo na frente de sua tela de celular e tablet do que na frente da Tv. A chamada camada da sociedade economicamente ativa cada vez vê menos tv aberta e informa-se pela internet. E especialistas avisam que, em muito poucos anos, a convergência de tela web/ tv estará praticamente completa e 100%.

A Tv aberta é uma sedução aos ocupantes de cargos em Câmaras Municipais. Há o fator político. Entretanto, quem quiser enxergar a longo prazo precisa fazer uma ponderação entre os meios de transmissão abertos e não predominantes e os meios que realmente estão através da inovação tecnológica mudando a forma de viver das pessoas e criando novos hábitos.

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