Falta de educação em direito eleitoral prejudica o exercício da profissão, diz presidente do IPADE
Durante o Primeiro Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, realizado hoje (6) em São Paulo, a presidente do Instituto Paulista de Direito Eleitoral (IPADE), Karina Kufa, sinaliza que a ausência de cursos sobre o tema em universidades faz com que a área seja desconhecida dos operadores de Direito e da sociedade. “Quando você diz que é eleitoralista, os próprios advogados perguntam o que é, diferente de um criminalista, por exemplo”, disse em entrevista exclusiva ao PRO Legislativo.
Apesar das chuvas e da greve dos metroviários na cidade, 400 pessoas compareceram ao primeiro dia do congresso. “A maioria do público trabalha na área”, afirmou. E, apesar de ser aberto para acadêmicos de Direito e outras áreas, os estudantes eram minoria. “Não existe cursos de mestrado ou doutorado em Direito Eleitoral no Brasil e o estudante que se interessar por esta área de estudo tem que buscar matérias correlatas, mas que não são Direito Eleitoral”, contou.
“O evento repercutiu de forma tão positiva que a universidade já sinalizou que sediará o próximo congresso, em 2016”, afirmou. De acordo com a presidente do IPADE, que também é autora do livro “Aspectos Polêmicos e Atuais do Direito Eleitoral” (Editora Arraes), a proposta do primeiro congresso da instituição foi abrir o diálogo sobre a matéria entre os paulistas. “Escolhemos temas para formar um panorama geral sobre o que é o Direito Eleitoral e fizemos questão de deixar todos os palestrantes com liberdade para elogiarem e criticarem o que quisessem”, explicou.
Por Ivy Farias, editora do PRO Legislativo
“O Direito Eleitoral é fundamental para a democracia, pois é o que regula a disputa entre os candidatos e é a partir do voto que construímos o nosso município, nosso estado, nosso país”, falou.