Câmara de município de SC é a primeira a usar energia eólica

O prédio da Câmara Municipal de São José, cidade localizada na região metropolitana de Florianópolis, é um das primeiras edificações públicas do País a ser completamente sustentável e contar com um gerador próprio de energia eólica.

O aerogerador instalado ao lado do prédio catarinense é do mesmo tipo que funciona na Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, em Washington.

A pequena usina de geração aproveita principalmente a localização da Câmara: o prédio está situado à beira-mar, no centro histórico de São José, é alvo de constantes e intensos ventos, o que facilitou a instalação do aerogerador de R$ 26 mil.

O equipamento pode produzir mais de 500 kWh de energia “limpa” por mês mesmo com rajadas de vento consideradas muito fracas para a região, de 6,5 m/s. Apenas a primeira semana de testes, em outubro, foram gerados 320 kwh, energia suficiente para abastecer metade da Câmara.

O presidente do Legislativo, vereador Amauri Valdemar da Silva (PTB), explica que o sistema deve trazer uma economia para os cofres do município no quesito “consumo de energia”.

De acordo com ele, a reforma da Câmara custou cerca de R$ 2 milhões e ainda trouxe outras inovações: no lugar de paredes, foram montados grandes painéis e janelas de vidro que permitem luminosidade durante todo dia aos 20 gabinetes de vereadores e servidores. Mesmo durante a tarde, não é necessário acender luzes nos corredores do prédio. Até o Plenário conta com uma parede de vidro com o objetivo de trazer mais luminosidade e evitar uso de energia nas reuniões realizados durante o dia.

“Quase não temos luzes acesas aqui. Cabe a nós integrantes da Câmara Municipal dar o primeiro exemplo em construções sustentáveis que aproveitem os recursos ambientais da melhor forma possível. Como iríamos fiscalizar e legislar sobre o tema sem dar o exemplo?”, afirmou. “O meio ambiente precisa deste cuidado e fomos os primeiros do País a fazer isso. O custo foi alto e o retorno é demorado, mas é preciso começar de alguma maneira”, continuou.

Além da torre onde foi montado o aerogerador, a obra da Câmara Municipal usa sistema de reaproveitamento da água da chuva para uso em banheiros, jardins e limpeza das instalações. Segundo o presidente Amauri, o sistema deverá proporcionar uma economia de 50% nas contas de água.

A reforma da Câmara foi concluída neste mês de novembro após quase um ano de obras. No período, todas as reuniões dos vereadores foram realizadas em bairros da cidade, no sistema de rodízio. “Os recursos da obra saíram exclusivamente do repasse no qual o Legislativo tem direito”, disse o presidente Amauri.

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